Num belo dia, descobri que iria ter esse evento de música eletrônica com certo dj e isso me despertou a atenção. Decidi então averiguar sobre a tal ocasião e o dito cujo, já que tinha tanta fama atrás de seu nome. Essa fama não era mal colocada, porque o cara é realmente mui.to.bom. Num estalar de dedos, eu já estava totalmente animadinha, querendo ir, porque com certeza ia ser um show ótimo, mas eu já sabia que a intolerância do meu pai seria definitivamente um problema. Entretanto, eis que surge a solução: MEUS PRIMOS PATERNOS VÃO!!! Um é o que se pode chamar de primo mais responsável da famíla, D., e a outra pessoa é minha prima mais próxima, C. (e olha que a gente nem se fala muito). Mas enfim, meu pai simplesmente não podia negar! Eu teria segurança lá, já que o meu primo é maior de idade, e carona de ida e volta. Depois de uns breves chiliques em relação à autorização necessária para entrar no evento (ele não gostou nem um pouco que o show era proibido para menores de 18 anos) e a hora que eu teria que voltar pra casa (eu realmente não poderia fazer nada em relação a isso, uma vez que eu não dirijo), estava tudo confirmado. Essa dia foi uma quinta-feira particularmente corrida, pois eu tive que ir ao colégio durante a manhã, chegar em casa, almoçar em quinze minutos, tomar banho com a água que restou do cano (já que o meu prédio está com uma viadagem de cortar a água toda quinta feira, logo após do horário de almoço), ir para o shopping voando comprar um salto aberto na frente (eu estava, ou melhor, ainda estou com o dedão inflamado, o que torna somente impossível usar as sandálias que eu tenho), ir para uma sessão de RPG, ir para o salão dar um trato no cabelo, jantar, me arrumar e ir direto para casa da minha prima.
Feito tudo isto citado acima, eu estava bem gatinha, modéstia a parte (fiu fius, por favor. not). Quando eu cheguei na casa da minha prima de 22h, fiquei conversando com a minha tia sobre uma futura viagem que eu vou fazer no meio do semestre, enquanto esperava minha prima ficar pronta. Lá para umas 23h, eu, meu primo e minha prima saímos de casa, rumando a casa da amiga da minha prima, E., já que ela iria ao evento conosco.
Diálogos que precisam ser lembrados para sempre*esperando E. na portaria do prédio dela*C.: Sabe que eu tenho problema de glicose baixa né? Um dia eu tinha [?????? não me lembro hehe] quando eu senti minha visão escurecer e minha pele começar a formigar. Aí eu já sabia que eu ia desmaiar né. Eu interfonei para tia Bertoleza (kkk fictício) e uma mulher random falou "Alô?". Ai eu respondi "Diz pra minha tia que eu estou morrendo" e desmaiei.D. e eu: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK "DIZ PRA MINHA TIA QUE EU ESTOU MORRENDO" KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK![...]C.: E. ligou hoje pra mim, gritando "EU ACABEI DE QUEBRAR MEU ÚNICO SALTO, ARRRRRG!!!! E EU NÃO TENHO NENHUMA ROUPA PRA VESTIRRR!!!"[...]*E. vem toda linda em direção ao carro*D.: E ela disse que não tinha nada pra vestir... tsc tsc.
Nós chegamos ao local do evento de umas 23:45h, quase meia-noite. Ficamos fazendo uma social do lado de fora, vendo aqueles adolescentes retardados darem uma tragada no cigarro e quase tossir o pulmão pra fora, e as menininhas putas wannabe com os vestidos enrugados na bainha ao máximo, para só cobrir a bunda (na verdade, algumas nem se preocupavam em cobrir a bunda). Quando deu 00:30h nós de fato entramos no evento, porque dali a meia hora o dj mais f*** da humanidade iria finalmente se apresentar. Eu juro que não deu nem cinco minutos lá dentro na parte de trás (que era o local onde você ficava para fazer o migué hehe), e já apareceu um cara puxando a mão da minha prima. Fico muito puta quando isso acontece, viu, porque né. Enfim, nós encontramos umas amigas lá, tiramos algumas fotos e depois saímos pra o meio da muvuca. Nós não ficamos na frente do palco, porque sinceramente é desnecessário: é quente, nojento, claustrofóbico e não dá pra dançar. Desculpa, mas não rola! Então, nós ficamos na área do meio. Eu já estava dançando loucamente (ACTING LIKE A DRUNK!!!!11'1"! not) antes mesmo do dj mais famoso do negócio tocar. Quando ele finalmente começou, meus pés já estavam me matandooo, tanto é que eu não aguentei e tirei os sapatos (e que se f*** o chão melado de whisky e cerveja!).
Como testar sua arte da seduçãoEntão. Eu realmente matutava comigo mesma se as pessoas do sexo oposto me achavam atraente, coisa totalmente fútil, eu sei, mas era uma curiosidade que eu tinha, oras! Em um dos meus filmes favoritos, Memórias de uma Gueixa, diz que você precisa hipnotizar a pessoa com apenas um olhar (claro que beleza ajuda né, colega). Desde quando eu vi esse filme, há uns dois anos atrás, eu venho testando essa prática (também chamada por mim de a arte da sedução). Às vezes, funciona, às vezes, eu só fico encarando que nem uma retardada. Eu decidi testar isso no show, o que é meio complicado, devido ao fato de ter sido 75% do tempo uma escuridão, somente com flashes verdes, rosa, etc., mas de qualquer jeito, eu tentei... e DEU CERTO!!! Foi assim: estava eu, com os meus primos, dançando feliz. Aí eu vejo, a minha diagonal direita, um grupo de pessoas do meu colégio, mas de uma série mais avançada que a minha e lá tinha um menino que eu já tinha visto no meio. Ele me vê, sorri e eu retribuo o sorriso. Depois eu notei que tinha uma amiga minha lá, aí eu sorrio, aceno e ela faz o mesmo pra mim. Quando eu vou olhar pro menino de novo, ele tá me encarando sorrindo, aí eu sorrio de volta e faço uma coisa que eu nunca fiz na vida, a expressão facial vemk.
isso + mordendo o lábio = foi o que eu fiz. Mas não é que ele veio até mim, rapaz!! Eu dispensei ele, porque é totalmente vergonhoso ficar com alguém quando você está com os seus primos, alô.
Depois disso, a gente ficou dançando mais um pouquinho, até eu, C. e E. fomos comprar água. Agora me diga se não é um absurdo: whisky era de graça, mas a água era quatro reais. UM ROUBO! Quando estávamos voltando, eu encontrei Nero novamente (eu já tinha encontrado com ele por aí, mas a gente nem se falou, porque ele estava ocupado falando com o celular >private joke<). Nisso que eu encontrei ele novamente, eu falei "Oi, tudo bom?" e fui dar um beijo na bochecha dele, como todo mundo faz. MAS COMO É UM FILHO DA P***, ELE VIROU A CARA. E vocês podem muito bem deduzir o que aconteceu. Eu empurrei a cara daquele corno mal-amado e ele ficou rindo, o que me deixou mais puta ainda. Fiquei uns dez minutos mal-humorada, pensando o porquê das pessoas fazerem isso. Daí D. e C. encontraram um amigo em comum, então nós fomos para onde a galera dele estava. Mencionei que todos eram maiores de idade e que estavam enchendo a cara de Red Label? Eles não estavam bêbados demais a ponto de fazer umas coisas muito vergonhosas e assustadoras como eu vou dizer depois, mas eles definitivamente não estavam sóbrios.
Diálogos que merecem ser lembrados*no momento estava muito escuro*Y.: Prazer, Y.*xoxo*B.: Prazer, B.Y.: Você tem olhos muito bonitos.B. *kkkkkkkkkk ok né*: Brigada-x-H. *segurando com uma mão a de E. e com a outra a minha*: Vamos agora fechar os olhos e sentirrrrrrrrrr a música por um minuto!!*eu e E. nos damos um olhar de O RLY?*H.: Tem que fechar os olhos, porque se não eu vou ficar que nem um retardado aqui. Ok?Eu: ... OkH.: Vai.*ele ficou de fato um minuto de olhos fechados, eu fiquei uns quinze segundos e E. ficou só olhando pra cara dele, implorando mentalmente "POR FAVOR, ME SOLTE!!"*-x-H.: Tu tem quantos anos?Eu: Quantos anos você acha que eu tenho?H.: ... Uns 17?Eu: KKKKKK eu tenho 15.H.: O QUÊEEE? *sai de perto* *volta* Você sabe que isso dá prisão, né?Eu: KKKKKKKKKK Aham.H.: Mas só um beijinho na bochecha não faz mal.Eu: KKKKKKKKKK *dou um beijo na bochecha dele**ele faz aquela escrotagem de virar o rosto, mas foi até engraçado*
A apresentação do dj mais importante do evento acabou de 4h, mas ainda tinha mais três djs para se apresentar. Depois das 4:30h, eu comecei a sentir a música (kkkk) e me soltei bem mais, sem precisar de álcool, nicotina, energizantes, nem nada, apesar de H. e um cara qualquer aí ter me oferecido (tsc tsc). Lá pras 5:30h, não estava tanta gente quanto estava antes, então tinha espaço de sobra pra dançar muito vidalok. De repente, aparece esse cara, com um copo de whisky na mão, com um sorriso de maníaco, olhando pra E., C. e eu... E ele vem se aproximando, se aproximando, até que a cabeça dele está praticamente sobre o ombro de C. Ela leva um susto absurdo, então E. e eu tentamos se afastar discretamente do cara, enquanto D. tentou pedir pro cara sair de perto. Ele tava tão bêbado, que quis começar uma briga com D.! E. e C. foram correndo pra um segurança que estava por perto, Y. foi tentar acalmar o cara, D. foi falar com um policial e eu fiquei totalmente sem ação, parada onde eu estava. Depois eu me toquei e fui falar com os seguranças com as meninas. Eles tiraram o cara de perto e a gente voltou a "sentir a música" como antes. Uns 20 minutos depois, aparece de novo o mesmo maníaco, mas dessa vez, ele ao invés de ficar assustando pessoas, ele decidiu ficar de cueca. Sim, foi uma visão do inferno. Acho que depois dessa, expulsaram ele, porque eu não vi ele de novo.
Deu 7h, o evento acabou e nós fomos embora. Ahhhh :( Tirando o acontecimento com Nero e o pedófilo ali, eu diria que foi perfeito. Eu ainda não consigo encontrar palavras para descrever como eu me senti lá, com os meus amigos... Quase mágico, sabe?
Tiramos umas fotos à luz do sol, com a maior cara de cansaço/hangover do mundo e depois todos nós, eu, D., C., E., Y. e H. fomos para o carro, voltando para o prédio de D., onde ele teria que deixar o carro pai dele na garagem antes de dar 8h.
Diálogos que merecem ser lembrados [eu até já me esqueci de alguns, de tão cansada que eu estava]
H.: Eu não sei que o que houve comigo hoje cara, mas eu tava com um fogo... Qualquer menina que passasse, eu dava em cima! Teve uma que tropeçou, aí eu segurei ela e falei "Oi, tudo bem?"... Eu até acho que fui eu que coloquei o pé pra ela tropeçar.
Todo mundo no carro: KKKKKKKKKKKKKKKK
H.: E teve duas meninas... Mano, eu pulei na frente delas e falei "OIEE". Elas estavam meio putas uma com a outra, porque parece que uma pegou o namorado da outra, aí não dá...
Todo mundo, de novo: KKKKKKKKK
-x-
*nos deparamos com um engarrafamento às sete da manhã, o que não é normal*
D.: Fud**, tem uma blitz.
E.: Eu dirijo!
D.: Tu tem quantos anos mesmo, E.?
E.: ... 16.
D.: Aí não dá né!
H.: Mano, eu saio do carro e rasgo o pneu agorinha, mas a gente não pode ser parado por blitz!!
Acabou que não tinha blitz nenhuma hehe. Quando chegamos na casa de D., ele deixou o carro do pai dele na garagem e pegou o dele e todos foram tomar café da manhã no McDonalds, menos eu, porque papai já estava revoltado comigo por ter chegado em casa de 8h, então ele não deixou. Quando eu tirei o salto filho da mãe, fui pro meu quarto e soltei o meu cabelo, uma lufada de cheiro de cigarro/maconha/whisky/cerveja incensou o meu quarto. Eu tava um cigarro ambulante, porque tudo fedia, Jesus! Demorou dois dias pra o cheiro sair totalmente. Nem preciso mencionar que quando eu tomei banho, eu dormi que nem uma pedra, né?
Mas valeu a pena. E se puder, vou fazer de novo!
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