domingo, outubro 05, 2025

Pensamentos intrusivos

São 23h41 agora. Vamos ver até que horas eu termino isso.

Eu nem sei por onde começar. Só sei que, aos poucos, tenho me sentido menos e menos como eu -- e mais como uma espectadora de mim mesma. Como se eu olhasse para uma pessoa que se parece comigo, mas não sou eu.
Me olho no espelho e me pergunto: será que eu sempre fui assim e nunca percebi? Ou será que estou mudando?

Não sei mais distinguir o que é estar sóbria, o que é estar com pressão baixa... só sei que parece que vivo num transe há dias, e esses dias simplesmente não passam. Eu tomo meu remédio, passeio com Lelê, bebo água, vou às aulas, me alimento.
Mas parei de fazer atividade física. Praticamente não converso com outras pessoas. Passo a maior parte do meu dia em frente a uma tela, esperando alguém falar comigo -- e, no fundo, o que eu queria mesmo era que fosse ele.

Tenho certeza absoluta de que você vê minhas mensagens e, deliberadamente, demora para responder. Que sabe que eu estou sempre disponível, e se acomoda nisso, me tratando como apenas mais uma coisa no seu dia. Bizarro pensar que estamos jogando joguinhos a essa altura do campeonato!
Mas será que eu tenho mesmo essa certeza absoluta? Como eu posso ter certeza? Antes você não era assim (ou era?). Será que nunca foi diferente -- será que o que mudou fui eu?
Será que antes eu não era obsessiva... e agora sou?

É isso que passa na minha cabeça. Como se eu não soubesse mais o que é real e o que é invenção. Como se eu precisasse que alguém validasse meus pensamentos, porque sozinha eu já não consigo distinguir o que é “normal” do que é “demais”.

Por exemplo: eu nunca tinha notado que estava obcecada por você.
Essa semana eu percebi -- acho que estava mesmo. E todas as minhas amigas disseram: “é óbvio!”
Como eu nunca vi isso? Eu achava que só estava amando muito.
Não é normal falar todos os dias por videochamada? Por várias horas? Às vezes o dia inteiro?
Eu poderia fazer isso todos os dias por meses e não acho que me cansaria.
E só de escrever isso, percebo que é claro que eu estava obcecada.
Mas como é que eu não via isso antes? Eu não me sentia obsessiva.

Eu jurava que estava pulando de cabeça, de mãos dadas com alguém -- e só depois descobri que você não pulou comigo. Ficou na borda, me vendo chafurdar na água, e depois disse que não ia pular.
E eu só consigo pensar: “mas eu tinha certeza de que você ia pular comigo... não?”

Isso não deveria ser pra sempre? To be madly in love?
Por mim, eu tinha certeza de que poderia viver o resto da vida me sentindo assim. De fato, eu não estava pensando muito à frente -- e por que deveria?

Escrever tudo isso me faz perceber o quanto eu estava envolvida. Apaixonada. Endorfinada. Feliz. Amada. Vivendo o turbilhão mais delicioso de hormônios e sinapses que…

[PAUSA -- ELE ME LIGOU]

É 1h46 agora. Acho que estou me sentindo melhor. Vamos ver como eu acordo mais tarde.

De qualquer forma... nem acredito que consegui segurar todos esses pensamentos intrusivos enquanto falava com ele -- sem dizer nada além de: “você ainda me ama, né?”
Medo genuíno de estar ficando maluca.

quinta-feira, junho 25, 2015

On a regular Thursday afternoon, I watch you sleep

Então, mocinha, você foi boazinha com a mamãe?

Muito tempo desde a última postagem, e sinto que devo fazer certas atualizações aos caros leitores d’O Pundonor Diário.

Primeiramente, as duas últimas atualizações tiveram assunto relacionado ao emagrecimento; devo relatar que tal experiência não somente foi um fracasso, como também, no momento, peso 62 kg e meço 1,60 m — o que me deixa com uma aparência um tanto que ronda, mas, felizmente, na maior parte do tempo estou muito confortável com meu corpo.

Segundamente, acredito que seja do interesse dos Srs. e das Sras. saber que eu, B., estou cursando Direito (e não Jornalismo — apesar d’O Pundonor) e D.C. está cursando Medicina (mais coerente do que eu). Os outros irmãos e irmãs, infelizmente, eu não tenho notícia; foram de fato pegos pelo Grande Desconhecido.

Terceira e finalmente, ao objetivo desta postagem: há um homem dormindo na cama ao meu lado. Já tentei acordá-lo, mas ele não ficou mais do que alguns minutos consciente, para depois voltar à adorável realidade que parecem ser, às vezes, seus sonhos. Ele dorme de boca entreaberta, deveras como um bebê — apesar de seu 1,80 m negar, dizendo que ele já é um homem crescido.

Em alguns dias, ele completará mais um ano — mais uma vez o planeta deu uma volta completa ao redor do Sol; mais uma vez as quatro estações se passaram; mais uma vez, mais uma vez. O que é engraçado, porque nunca pareço me convencer de que ele cresce: sempre o vejo como um bebê, malgrado a diferença entre nossas idades seja ínfima.

Por vê-lo como um bebê, deixo-o dormir e me sinto na incessante tarefa de ser sua protetora.
De qualquer forma, o mundo é tranquilo aqui, ao som dos seus roncos baixos e dos roncos graves de um pug gordinho que também dorme em seu colo. É uma cena tão adorável que nem me sinto tão solitária... é bom de se ver.

Até daqui a 365 dias (quem sabe!).


A questão é: ela foi boazinha comigo?

segunda-feira, julho 01, 2013

Dia 1

O ideal teria sido se eu tivesse me levantado de fato às 6:00h, que foi quando meu despertador tocando, mas não consegui... Culpo a inércia.
Acordei às 8:00 mais ou menos e pesquisei entre as inúmeras dietas de mamãe a mais adequada pra mim. Escolhi uma que tem escrito "RADICAL" porque, convenhamos, é disso que eu estou precisando. 17 anos com 58kg de puro bucho, braço e bochecha, além da minha formatura iminente.

Tomei café às 8:30h. Minha deprimente refeição foi uma banana pequena cortada com aveia salpicada - simplesmente horrível - e três bolachas com ovo mexido e uma fatia de queijo coalho. Bebi quase que a pulso um copo pequeno de suco de soja sabor uva.

Meu almoço foi ainda pior. 4 colheres de sopa de feijão verde, misturado com cenoura ralada e brócolis INSOSSO e couve-flor (eca) picados. Proteína: peito de frango duro. Desse jeito, eu vou entrar em depressão.

Jantar: uma fatia de queijo coalho. Juro que não achei ruim. O lanche foi um iorgurte light de morango.

Atualizações em breve =)

Oh céus, será que ainda sei publicar aqui?

Quase dois anos de sumiço... Quem diria!

Enfim, este domínio está apenas ressucitando para ser o meu meio de relatos sobre meu projeto jul./2013.
AS METAS DO "E": Emagrecer (óbvio), Estudar (essencial), Esquecer Daniel (viável).
DURAÇÃO: 5 semanas.

domingo, novembro 27, 2011

Long time, no see.

É.
Faz muito tempo que eu não posto aqui.
O Blogger mudou e eu nem sei mais como mexer direito nele!!
Mas enfim, eu acho que é até melhor assim...
Espero que todo mundo tivesse pensado que o PD estava morto, logo eu posso escrever qualquer coisa random aqui.
Mas a função do tumblr não é essa? Bem, no meu tumblr, eu não gosto de publicar coisas, prefiro reblogar coisas que eu considero relevante.
Mas a função do facebook não é essa? Eu não gosto de postar muito no fb. Não .
Então só sobra aqui mesmo, e eu ainda ganho o bônus de atualizar o blog :)

MAS DEPOIS DE TANTA ENROLAÇÃO,
Eu só gostaria de dizer que as músicas da Taylor Swift antigas são anos-luz melhores do que as de agora. Ela está mais "acessível" e, pra mim, caindo na normalidade. Qualquer dia desses, eu baixo novamente todas as músicas antigas dela <3